Joaquim José Pirralho 1838-1882 Pintor |
Joaquim José Pirralho, filho de João Francisco Pirralho, dourador e encadernador portuense, e de Florinda Rosa Pirralho, nasceu a 28 de setembro de 1838.
Após a morte do pai tomou conta do seu negócio para sustento da mãe e dos irmãos.
Entre 1848 e 1858 estudou na Academia Portuense de Belas Artes, onde foi um dos mais distintos estudiosos do seu tempo (Manoel M. Rodrigues, A Arte Portugueza, 1.º ano revista 2, p.14).
Discípulo do pintor João António Correia, participou nas exposições trienais da APBA que decorreram em 1854, 1857 e 1860. Apresentou seis trabalhos nesta última mostra, entre os quais os retratos do arquiteto e professor Joaquim da Costa Lima Júnior e de António Couceiro e a tela Job increpado por sua mulher, que ganhou o 1.º prémio na categoria de Pintura Histórica. Participou também nas exposições da Sociedade Promotora das Belas Artes (na IV de 1865 e nas seguintes).
Joaquim Pirralho, que também trabalhou como encadernador, foi pintor de retratos e telas sacras para igrejas do Porto, fez retratos em litografia, como os de E. Biester, em 1864, Latino Coelho, Joaquim Pinto Ribeiro Júnior e D. Maria Pia.
É autor do projeto do monumento a D. Pedro V, datado de 1866, que se ergue na Praça da Batalha, no Porto. A escultura é da autoria de Teixeira Lopes, pai (José Joaquim Teixeira Lopes).
Joaquim Pirralho foi sócio da Philarmonica, fundada pelo compositor Francisco Eduardo da Costa, e do Centro Artístico Portuense.
Foi casado com D. Carolina de Oliveira, filha do professor de música José Pedro de Oliveira.
Faleceu no Porto a 21 de fevereiro de 1882.
(Universidade Digital / Gestão de Documentação e Informação, 2017)