Saltar para:
Logótipo SIGARRA U.Porto
This page is not available in english A Ajuda Contextual não se encontra disponível Autenticar-se
Você está em: U. Porto > Memória U.Porto > Antigos Estudantes Ilustres da U.Porto: Abel de Moura

Memória U.Porto

Antigos Estudantes Ilustres da Universidade do Porto

Abel de Moura

Fotografia de Abel de Moura / Photo of Abel de Moura Abel de Moura
1911-2003
Conservador e pintor



Abel de Moura nasceu na freguesia portuense de Paranhos, a 22 de fevereiro de 1911.

Era neto do pintor e restaurador Manuel António de Moura e filho do pintor Tomás de Moura.

Frequentou o curso de Pintura da Escola Superior de Belas Artes do Porto entre 1924 e 1933.

Em 1934, realizou trabalhos com António Sampaio para a Exposição Colonial do Porto. Nos anos de 1940, 1942, 1943 e 1945 expôs na Sociedade Nacional de Belas Artes e em 1956 na Fundação Calouste Gulbenkian.

Em 1941 iniciou estágio como conservador tirocinante no Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA), em Lisboa, então dirigido por João Couto (1892-1968). O seu estágio, financiada numa fase inicial por uma bolsa do Instituto para a Alta Cultura, centrou-se na área dos Restauro, e desenrolou-se na Oficina de Restauro de Pintura e no Laboratório para o Exame das Obras de Artes.

A sua formação foi suspendida, para se dedicar à conservação das pinturas dos palácios nacionais, sob tutela da Direção da Fazenda Pública. Em 1948, regressou ao MNAA e apresentou o trabalho final como conservador do Museu.

Neste Museu trabalhou como conservador adjunto (nomeação de 11 de abril de 1949), segundo conservador (1952-1970), diretor do Laboratório (1960) e diretor interino (1962-1967).

Em paralelo, com a atividade aí desenvolvida, deu apoio às obras da Direção-geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais.

Abel Moura esteve associado à criação do Instituto José de Figueiredo, resultante da separação do Laboratório do MNAA, do qual foi diretor delgado, entre 1967 e 1981, juntamente com João Bairrão Oleiro e Maria José Mendonça, e diretor único, entre 1974 e 1981.

Ao longo da sua carreira fez estágios no estrangeiro, nomeadamente nos laboratórios de restauro de Roma, Munique e Barcelona. Participou em reuniões internacionais sobre Restauro e História da Arte e foi delegado de Portugal em encontros sobre tratamento de pinturas, em Nova Iorque (1954), Viena (1955) e Barcelona (1961).

Em Portugal participou em congressos e integrou exposições, sobre áreas da sua especialidade.

Foi vogal da Junta Nacional da Educação (1962) e vogal da Academia Nacional de Belas Artes (968-2001).

Foi eleito membro do International Council of Museums (ICOM) e do International Institute for Conservation of Historic and Artistic Works (IIC).

Para a Universidade do Porto pintou os retratos dos reitores Francisco Gomes Teixeira (1911-1917), Augusto Nobre (1919-1925), José Pereira Salgado (1934-1943) e Adriano Rodrigues (1943-1946), patentes na Sala do Conselho do edifício histórico da U.Porto, na Praça de Gomes Teixeira.

Fotografia de João Couto / Photo of João CoutoEm Lisboa, e para além de pintor, Abel de Moura foi conservador do Museu Nacional de Arte Antiga e responsável no Instituto José de Figueiredo pela transformação das oficinas de conservação e restauro e dos laboratórios fotográficos, de física e química daquele museu. Foi diretor do Instituto José de Figueiredo.
No Porto, restaurou as telas maneiristas do retábulo-mor da capela de Nossa Senhora de Agosto ou Senhor dos Alfaiates, atribuídas a Francisco Correia e influenciadas por Diogo Teixeira, que representam cenas da vida da Virgem e do Menino Jesus.
Retábulo-mor da capela de Nossa Senhora de Agosto /  Altarpiece of the chapel of Our Lady of AugustFoi também autor de obras sobre restauro e conservação, entre as quais "Exame Técnico e ficha de restauro de uma pintura portuguesa do século XVI" (1942), "Os raios infravermelhos e ultravioletas aplicados no exame das pinturas" (1946), "Protecção e conservação das obras de arte" (1949), "Breves notas sobre o restauro do retábulo da capela dos Alfaiates, do Porto" (1955), "O restauro e a conservação de obras de arte" (1960) e "Os problemas da conservação das pinturas e das condições do meio" (1961). Foi ainda autor do Boletim nº106 de 1961 da DGEMN.

Morreu em 2003.

Em 2011, a Academia Nacional de Belas Artes de Lisboa, com o apoio do Instituto dos Museus e da Conservação, promoveu, em sua homenagem, a “Comemoração do Centenário do Nascimento do Mestre Abel de Moura”.
(Universidade Digital / Gestão de Informação, 2014)

Recomendar Página Voltar ao Topo
Copyright 1996-2024 © Universidade do Porto Termos e Condições Acessibilidade Índice A-Z Livro de Visitas
Última actualização: 2019-04-29 Página gerada em: 2024-05-13 às 21:04:32 Denúncias