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Memória U.Porto

Antigos Estudantes Ilustres da Universidade do Porto

Dario Boaventura

Dario Boaventura 1923-2013 Escultor e professor

Dario Augusto de Oliveira Boaventura nasceu a 15 de janeiro de 1923 no número 292 da rua do Triunfo (atual rua de D. Manuel II), freguesia de Massarelos, Porto.

A carreira militar do pai, o Brigadeiro Renato Ferraz de Boaventura, obrigou a família a constantes mudanças de residência. Em 1927, Dario vivia na Casa do Rêgo, Caniçada, em Vieira do Minho. Mais tarde regressou ao Porto, fixando-se na rua do Monte dos Burgos. Viveu depois em Viana do Castelo, onde frequentou a Escola Comercial, e também em Lisboa, onde estudou na Escola de Artes Decorativas António Arroio e frequentou arquitetura na Escola Superior de Belas Artes.
De volta ao Porto cursou Escultura na Escola Superior de Belas Artes do Porto, entre 6 de outubro de 1947 e 9 de agosto de 1955. Diplomou-se com 19 valores.

Em 1954 recebeu dois prémios: o Prémio Soares dos Reis - 2.ª medalha na II Exposição Geral de Belas Artes - e o Prémio Banco Pinto & Sotto Mayor.

Foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian durante o ano de 1958.

Foi professor em Aveiro, Setúbal, Caldas da Rainha (Escola Rafael Bordalo Pinheiro), no Porto, na Telescola e na Escola de Artes Decorativas Soares dos Reis (atual Escola Secundária de Soares dos Reis, Porto).

Expôs pela primeira vez em 1955, em colaboração com o caricaturista Octávio Sérgio Boaventura (1896-1965), seu tio, no Salão Silva Porto (situado na rua de Cedofeita, Porto).
Expôs individualmente na Fundação Engenheiro António de Almeida (Porto, 1984), no Hotel Meridien (Porto, 1992), na Casa dos Crivos (Braga, 2008) e na Câmara Municipal de Terras de Bouro (2012-2013).
Participou em diversas exposições coletivas: no Levantamento da Arte do Século XX no Porto (anos 70), na Exposição Nacional de Pequeno Formato (Caldas da Rainha, 1984), na Coletiva de Artes Plásticas (Casa-museu Teixeira Lopes, 1987), na II Exposição de Pequeno Formato (1984), na I Bienal de Cerâmica Artística (Aveiro, 1989) e no I Seminário Internacional de Cerâmica (Vila Nova de Gaia, 1990).

Esculturas da sua autoria encontram-se dispersas por espaços nacionais: Museu Nacional de Soares dos Reis, no Porto (máscara de bronze), Jardim do Passeio Alegre, na Foz do Douro (A Menina e a Foca, tese de licenciatura, exposta na II Exposição Magna da ESBAP, comprada pela Câmara Municipal do Porto e fundida em cimento em 1960), os prédios Londres e Paris, na Senhora da Hora (painéis cerâmicos), a antiga Fábrica Milaneza, no Porto (cerâmica e vidro gravado), a rua Augusta, em Lisboa (painéis cerâmicos); a Casa do Povo de Santa Eulália, em Castelo Branco (baixo-relevo), o edifício dos Correios e Telecomunicações de Guimarães (vitral); as Caldas da Rainha (painel de azulejos Nau Catrineta) e a Póvoa de Lanhoso (estátua ao bombeiro).

Dario Boaventura produziu também as medalhas para a Ordem Terceira de S. Francisco e a medalha comemorativa do Encontro da Família Oliveira (de 1 de junho de 1916) e dedicou-se à ilustração de livros didáticos.

Sobrinho do jornalista e desenhador Armando Boaventura (1890-1959), era familiar do cineasta Manoel de Oliveira.

Morreu a 23 de dezembro de 2013.
(Universidade Digital / Gestão de Documentação e Informação, 2017)