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Memória U.Porto

Antigos Estudantes Ilustres da Universidade do Porto

Alfredo Matos Ferreira

Fotografia de Alfredo Matos Ferreira / Photo of Alfredo Matos Ferreira Alfredo Matos Ferreira
1928-2015
Arquiteto e professor



Habitação do Feitor - Quinta de Joanamigo em Barca d'Alva, 1950 / House of the overseer - Farm Joanamigo in Barca d'Alva, 1950Alfredo Durão de Matos Ferreira, filho de António José Matos Ferreira, médico dos Caminhos-de-Ferro em Trás-os-Montes, e de Berta Durão, pintora, nasceu em Lisboa em 1928.
As raízes familiares transmontanas, particularmente em Torre de Moncorvo e Barca D’Alva, marcaram indelevelmente a sua vida.

Frequentou escolas primárias e secundárias no Funchal, em Urros, concelho de Torre de Moncorvo, e nas cidades de Lisboa (Escola João de Deus e Liceu Pedro Nunes) e de Bragança.
Em 1948, depois de uma estadia no Funchal com Américo Durão, seu tio materno, ingressou no Curso de Arquitetura da Escola Superior de Belas Artes do Porto, que concluiu em 1959.
Nessa Escola foi condiscípulo de Alberto Neves, Álvaro Siza Vieira, António Menéres, Joaquim Sampaio e Vasco Macieira Mendes, todos eles membros do grupo da “sala 35” a partir de 1949. O grupo, sedeado no edifício Imperial, praça da Liberdade, no Porto, foi mais tarde alargado com a entrada de Luís Botelho Dias.

Contrariamente a alguns colegas que, durante determinados períodos, trabalharam no escritório de Fernando Távora (foi o caso de Alberto Neves, Álvaro Siza, António Menéres e Joaquim Sampaio), Matos Ferreira evoluiu de forma autónoma, embora de início com o apoio do tio, para quem projetou edifícios residenciais.

Apesar de não ter concluído o trabalho que projetara apresentar no Concurso para Obtenção do Diploma de Arquitecto (CODA) – Reconversão urbana e agrícola para a aldeia de Urros, em 1973 submeteu o seu Curriculum Vitae a procedimento burocrático para obtenção administrativa do documento de curso.

Chegou a trabalhar pontualmente em parceria com alguns colegas da “sala 35”. Foi o caso de Álvaro Siza Vieira e do projeto de uma casa para a Parede, datado de 1964, e que se destinava ao seu tio Américo. Este projeto, que teve 3 estudos, não chegou a concretizar-se.
Ainda estudante, trabalhou também com outro tio, o arquiteto Mário Abreu.

Entre 1970 e 1972 colaborou no escritório de Arménio Losa. Entre outros projetos, trabalhou numa central de camionagem para Vila Nova de Famalicão e no estudo de um edifício de apartamentos e comércio para a rua de Gonçalo Cristóvão, Porto.
Entre 1972 e 1982 foi convidado para trabalhar em sociedade profissional com Fernando Távora, nas áreas da arquitetura e do urbanismo, tendo então desenvolvido atividade no processo SAAL (Serviço de Apoio Ambulatório Local), zona norte, organizando a brigada técnica da Lapa.

Entre 1983 e 2008, Alfredo Matos Ferreira teve escritório próprio. Lecionou na ESBAP (e, mais tarde, na Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto, entre 1976 e 1998.

Em 1986, defendeu em provas públicas o trabalho intitulado Aspectos da Organização do Espaço Português, o qual foi considerado como uma referência para o estudo da forma e da estrutura urbana das cidades portuguesas.

Alfredo Matos Ferreira, professor jubilado da FAUP e autor de obra relevante, embora pouco conhecida, morreu em 2015.

O seu arquivo pessoal, doado oficialmente à Fundação Marques da Silva em 20 de dezembro de 2016, reúne espólio documental do exercício profissional de arquiteto (desenho, modelo, fotografia e filme). Durante a cerimónia, que teve lugar na casa-ateliê do arquiteto José Marques da Silva, na Praça do Marquês de Pombal, Porto, houve intervenções dos arquitetos Siza Vieira, António Menéres, Sérgio Fernandez, de Mário Brochado Coelho e da designer Joana Matos Ferreira de Sá, neta de Alfredo Matos Ferreira. Na mesma ocasião foi inaugurada a exposição-instalação “Terra D’Alva”, concebida e coordenada pelo arquiteto e professor Manuel Mendes.
(Universidade do Porto Digital / Gestão de Documentação e Informação, 2017)

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