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Memória U.Porto

Antigos Estudantes Ilustres da Universidade do Porto

Paulo Cunha e Silva

Fotografia de Paulo Cunha e Silva / Photo of Paulo Cunha e Silva Paulo Cunha e Silva
1962-2015
Professor universitário e programador cultural

Costumo dizer que tenho a sensação de que cheguei aos 53 sem nunca ter trabalhado. Porque sempre fiz o que gostava (…)
(Público, "Porto olhos nos olhos", 2015)



Paulo Alexandre Gomes da Cunha e Silva, filho da professora Elisa Etelvina Coelho Barbosa Gomes da Cunha e Silva e do juiz Alexandre José Pery de L. Guerreiro de Amorim Peixoto da Cunha e Silva, nasceu na freguesia de Santiago Maior, concelho de Beja, a 9 de junho de 1962.

A sua primeira infância decorreu entre as cidades de Aveiro e de Portalegre. Quando tinha 6 anos de idade, a família fixou-se em Braga e o jovem Cunha e Silva começaria em breve a dar os primeiros passos nas artes e letras.
Aos 14 anos já escrevia crítica e comentário no periódico regional Correio do Minho, e era estudante de liceu na cidade dos Arcebispos.

Veio depois estudar para o Porto. Licenciou-se em Medicina no Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS/Universidade do Porto), com 17 valores, em 1986. Aqui ficou conhecido como o Paulinho dos vintes, e alguns colegas recordam provas brilhantes no anfiteatro da Faculdade. Frequentou o café Piolho e do seu círculo de amigos faziam parte outros estudantes universitários – das faculdades de Letras, Belas Artes e Arquitetura.
Foi Mestre em Medicina Desportiva pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (dissertação intitulada Exercício físico e lesão oxidativa: Relação com a capacidade aeróbica: Avaliação da lipoperoxidação da membrana eritrocitária, de 1992, aprovada com Muito Bom) e Doutor em Ciência do Desporto pela Faculdade de Ciências do Desporto e de Educação Física, atual Faculdade de Desporto da Universidade do Porto (tese intitulada O Lugar do Corpo: Elementos para uma Cartografia Fractal, de 1995).

No Instituto de Educação Física da Universidade do Porto (1975), depois renomeado Faculdade de Desporto da Universidade do Porto (1989) foi monitor (1987-1988) e Assistente Estagiário (1988-1992) de Anátomo-Fisiologia, Assistente de Anatomia Funcional (de 1992-1996), Professor Auxiliar (a partir de 1996 com nomeação definitiva em 2004) e Professor Associado (de 2006 a 2015).

Nesta Faculdade criou a disciplina de Introdução ao Pensamento Contemporâneo (lecionada nos anos letivos de 2006-2007, 2007-2008, 2008-2009 e 2012-2013), com a qual se notabilizou, e lecionou ainda a unidade curricular optativa Corpo e Desporto no Mundo Contemporâneo.

Foi também professor de Anatomia do ICBAS.

Logo de Um Objeto e seus Discrusos por Semana / Logo of Um Objeto e seus Discrusos por SemanaPaulo Cunha e Silva foi um dos principais programadores da Porto 2001 Capital Europeia da Cultura, responsável pelas áreas do Pensamento, Ciência, Literatura e Projetos Transversais.

Foi diretor do Instituto das Artes do Ministério da Cultura (2003-2005), conselheiro cultural da Embaixada de Portugal em Roma (2009-2012), comissário do projeto O castelo em 3 actos da Capital Europeia da Cultura Guimarães 2012, coordenador científico dos Estudos Contemporâneos da Fundação de Serralves (a partir de 2000), presidente da Comissão de Cultura do Comité Olímpico Português e colaborador da Fundação Calouste Gulbenkian.

Por convite do Presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira, assumiu a direcção do pelouro da Cultura. No desempenho das suas funções (2013-2015) demonstrou ser o maior mentor do renascimento cultural da cidade. Os projetos que mais apreciou conceber durante o curto mandato foram Um Objeto e seus Discursos por Semana e Cultura em Expansão.

Paulo Cunha e Silva foi colunista do Diário de Notícias (2002-2007), comentador do programa Choque Ideológico da RTPN (2007-2008) e autor dos livros Portugal no Hospital: identidades, instabilidades e outras crises (2007) e Joana Vasconcelos (2008).

Foi considerado Personalidade do Ano do Jornal Público e um dos 200 portugueses mais influentes pela revista Visão e distinguido, em 2015, pelo papel desenvolvido na área da Cultura com as insígnias de Cavaleiro da Ordem das Artes e Letras, uma das principais condecorações honoríficas da República Francesa.

O seu último ato público consistiu na participação no Fórum do Futuro, evento que promoveu no Porto entre 4 e 8 de novembro de 2015.

Paulo Cunha e Silva morreu no início da madrugada do dia 11 de novembro de 2015, com 53 anos de idade, vítima de um enfarte do miocárdio. O seu corpo esteve em câmara ardente no palco do Auditório Manoel de Oliveira do Teatro Municipal Rivoli, de onde saiu em cortejo fúnebre para a Igreja da Lapa pelas 14h00 do dia 12.

Exposição 751 nos Paços do Concelho / Exhibition 751 in City HallPostumamente, em 2016, foi-lhe atribuída a Medalha Municipal de Honra da Cidade e foi relembrado em diversas iniciativas da edilidade portuense, nomeadamente na exposição P.-Uma homenagem a Paulo Cunha e Silva, por extenso, com curadoria de Miguel von Hafe Peréz, patente na Galeria Municipal do Porto, e na exposição 751 - os dias de Paulo Cunha e Silva, organizada pelos Paços do Concelho, e que recordaram a sua breve passagem pelo Pelouro da Cultura do Porto.
(Universidade do Porto Digital / Gestão de Documentação e Informação, 2016)

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