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Memória U.Porto

Antigos Estudantes Ilustres da Universidade do Porto

Alberto Saavedra

Fotografia de Alberto Saavedra / Photo of Alberto Saavedra Alberto Saavedra
1895-1979
Médico, professor e escritor



Alberto Saavedra, filho de João Clemente de Carvalho, nasceu no Porto a 27 de junho de 1895.

No ano letivo de 1912-1913 ingressou no Curso de Medicina da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, que concluiu em 1917-1918. Ainda estudante universitário, entre 1918 e 1919, foi assistente no Hospital Joaquim Urbano no combate à Epidemia de Tifo Exantemático e prestou serviços clínicos no interior norte do país durante uma epidemia de Influenza Pneumónica (1919).
A 27 de outubro de 1919 defendeu na FMUP a sua tese de doutoramento - A linguagem médica popular -, aprovada com 19 valores.

Nomeado 2.º assistente do Grupo de Obstetrícia e Ginecologia, exerceu estas funções até 1927.
Entretanto, em 1925, e em colaboração com Alfredo Magalhães, dedicou-se ao planeamento das comemorações do I Centenário da Régia Escola de Cirurgia do Porto, fundada cem anos antes. Com Pedro Vitorino, organizou uma exposição Retrospetiva da Medicina, que esteve patente no Palácio de Cristal.

Entre os anos 20 e 30 fez viagens de estudo: a França, à Suíça, à Bélgica. Em Paris visitou maternidades e clínicas. Frequentou um curso de Clínica Ginecológica no Hospital Broca (1925), o curso de aperfeiçoamento na Maternidade Baudelocque, em Paris, e ainda dois cursos de Cirurgia Obstetrícia e Histologia e Fisiologia Obstetrícias (1927). Conheceu o médico António Breda, renovador do Hospital de Águeda, e o escultor e medalhista João da Silva, de quem ficou amigo.

Em 1927 foi enviado a estudar a organização e funcionamento das maternidades suíças por Alfredo Magalhães, Ministro da Instrução Pública. O objetivo era preparar a instalação da Maternidade de Júlio Dinis. Contudo, e apesar do seu esforço e dedicação, nunca viria a trabalhar na Maternidade que ajudou a erigir.

Em 1928 assumiu funções como 1.º assistente do Grupo de Obstetrícia e Ginecologia da FMUP e em 1929 era Professor Extraordinário (1929-1954). Nesta faculdade também lecionou no Curso de Parteiras. Em 1954 abandonou a vida académica.

No decurso da sua carreira profissional foi ainda diretor do Dispensário Magalhães Lemos, cirurgião e, mais tarde, diretor clínico do Hospital Privado da Celestial Ordem Terceira da Santíssima Trindade (1959-1972).

Foi membro da Sociedade Portuguesa de Antropologia e Etnologia, sócio fundador da secção do Porto da Sociedade de Biologia (filial da Sociedade de Biologia de Paris), sócio- correspondente estrangeiro da Sociedade de Obstetrícia e de Ginecologia de Paris e membro da Sociedade Internacional de Cirurgia (Bruxelas).

Respeitado escritor, foi autor de obras como O prof. Maximiano Lemos. Inventário biográfico (1923), Subsídios para a história da Obstetrícia no Porto (1926), As Maternidades da Suissa. Relatório de uma Viagem de Estudo (1927), A bacia da mulher portuguesa (1932), Röntgen e a Obstetrícia (1945) e Abel Salazar (1956).
Com António Barradas escreveu Fialho de Almeida, in Memoriam (1917), com A. Veloso de Pinho As perturbações mentais do tifo exantemático (1918) e com Pedro Vitorino o Catálogo da Exposição Retrospectiva de Medicina: I Centenário da Régia Escola de Cirurgia do Porto 1825-1925 (1925).

Homem culto, democrata e cristão, foi mandatário da candidatura à presidência da República do Almirante Quintão Meireles em 1951. Presidiu ao Rotary-Clube do Porto e à Sociedade Divulgadora da Casa-Museu Abel Salazar. Privou com o grupo da Portucale: Revista ilustrada da cultura literária, scientífica e artística, fundada em 1928 e dirigida por Augusto Martins, Cláudio Basto e Pedro Vitorino.

Trocou correspondência particular com homens das artes e das ciências. Entre outros, com João de Araújo Correia, Hernâni Cidade, Barata Feyo, Ricardo Jorge, João da Silva, Ruy Luís Gomes e Abel Salazar.

Em 1970 a Mesa da Celestial Ordem Terceira da Santíssima Trindade atribui-lhe a Medalha da Ordem e o título de Diretor Clínico Honorário.

Morreu em 1979.

Centenário do nascimento 1895-1995 / Centenary of birth 1895-1995Postumamente, em 1979, foi homenageado na Assembleia da República, numa iniciativa do Partido Socialista, à qual se associaram todos os partidos com assento parlamentar. O seu nome foi dado às bibliotecas da Casa-Museu Abel Salazar e do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS) da Universidade do Porto.
Em 1992, a sua figura e obra foram evocadas numa exposição que teve lugar no ICBAS, promovida pela Associação Divulgadora da Casa-Museu Abel Salazar.
(Universidade do Porto Digital / Gestão de Documentação e Informação, 2016)

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