Mário Cândido de Morais Soares 1908-1975 Arquiteto |
Mário Cândido de Morais Soares, filho de Joaquim Maria Morais Soares, sócio gerente das Águas Campilho, e de Maria de Jesus Faria, nasceu a 31 de outubro de 1908 em Águas Frias, no concelho de Chaves.
Fez os estudos primários em Vidago e os liceais no Liceu da Póvoa de Varzim e no Instituto Comercial do Porto.
Ingressou no curso de Arquitetura da Escola de Belas Artes do Porto a 27 de setembro de 1926 e, em 1956, apresentou no Concurso para a Obtenção do Diploma de Arquitecto (CODA) o projeto de um edifício para restaurante e casa de Chá em Amarante, classificado com 18 valores.
Com os colegas António Fortunato Cabral (1903-1978) e Fernando da Cunha Leão (1909-1990) fundou, nos anos 30, a ARS Arquitectos ou Oficina ARS, atelier onde colaboraram artistas plásticos e engenheiros e de onde saíram obras emblemáticas do Modernismo Português: como os Paços do Concelho de Paredes (1943), o Palácio Atlântico e a Praça D. João I (Porto, 1951), o Mercado do Bom Sucesso (Porto, 1952) e a Fábrica Oliva (S. João da Madeira, 1953).
Os três colegas de faculdade e de trabalho integraram o grupo “+ Além”, criado no final dos anos 20, tendo participado na exposição coletiva, realizada no Salão Silva Porto, e no seu manifesto artístico.
Em 1954, após a dissolução do gabinete de arquitetura, desenvolveu atividade como arquiteto independente.
Depois da morte de Mário Morais Soares, em 1975, o filho Vasco Morais Soares prosseguiu a atividade do seu gabinete. A 3.ª geração de arquitetos da família Morais Soares é hoje representada por Raquel, Gonçalo e Duarte, membros do gabinete Morais Soares Arquitetos (instituído em 2002).
(Universidade do Porto Digital / Gestão de Documentação e Informação, 2016)