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Memória U.Porto

Antigos Estudantes Ilustres da Universidade do Porto

José Avelino de Castro

Inexistência de fotografia José Avelino de Castro
1791-1854
Matemático e professor



Nasceu no Porto a 30 de julho de 1791, filho de José António de Castro e de Gertrudes Claudina de Castro.

Em 1802 frequentou a Aula de Debuxo e Desenho do Porto, tendo sido aluno do mestre Francisco Vieira Portuense. Na Academia Real de Marinha e Comércio da Cidade do Porto cursou francês e inglês, o 1.º ano de Comércio (tendo realizado exame em 1804) e Matemática (1805-1807). Foi premiado no 1.º ano (1805) e no 2.º ano (1806) deste curso. Foi, ainda, aluno extraordinário de Desenho, em 1814.

Oração..., 1829 / Oração..., 1829Nesse ano, ingressou no corpo docente da Academia Real, ao ser nomeado lente substituto do 2.º ano matemático por carta régia de 20 de julho. Entre 1818 e 1820 foi responsável pela segunda cadeira Matemática devido ao impedimento de José Calheiros de Magalhães e Andrade.
Em 1825, aquando da jubilação de João Baptista Fetal da Silva Lisboa, concorreu com António José da Costa Lobo à vaga de lente proprietário do 1.º ano matemático. Foram ambos nomeados no mesmo dia, mas a Junta Administrativa da Academia acabou por atribuir o lugar a Avelino de Castro, apesar de Costa Lobo ser “(…) mais antigo na matrícula, na habilitação e na graduação”. A situação ficou definitivamente resolvida pela carta régia de 20 de junho de 1826, que determinou a manutenção de Avelino de Castro como lente proprietário do 3.º ano e a equiparação de Costa Lobo – lente substituto - a lente do 3.º ano.
Pouco depois, a 13 de maio de 1829, foi demitido por D. Miguel, juntamente com os colegas Costa Lobo, Agostinho Albano da Silveira Pinto, Francisco Joaquim Maia, Joaquim António de Oliveira e José Carneiro da Silva. Foi nesse ano que José Avelino de Castro publicou a Oração que, no Faustíssimo Dia 26 de Outubro de 1828, Anniversario de Sua Majestade Fidelissima o Senhor D. Miguel Primeiro, recitou na Academia Real da Marinha e Comércio da Cidade do Porto, José Avelino de Castro, Lente Cathedratico do terceiro anno Mathematico da mesma Academia, e Socio Correspondente da Academia Real das Sciencias de Lisboa (Porto, 1829), um opúsculo pró miguelista editado pela Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro.

Em 1831 foi reintegrado como lente do 3.º ano matemático (a 27 de dezembro), mas por pouco tempo, pois na sequência da entrada do exército liberal no Porto, em julho de 1832, José Avelino de Castro, então ausente da cidade, foi de novo demitido.
Com o restabelecimento da paz, criou uma aula particular com o filho José Avelino de Castro Júnior, onde se ensinavam os conceitos equivalentes aos da instrução primária, para além de inglês, francês, geografia e comércio. Deu aulas privadas a meninas de famílias abastadas.

Innocêncio Francisco da Silva atribui-lhe as obras: Memória sobre os princípios de calculo diferencial, datável de 1810 e que foi enviada à Academia Real das Ciências de Lisboa, onde se registam duas versões do mesmo trabalho (Memória n.º 15 e Memória n.º 13); Ensaio sobre a composição das equações, datado do mesmo ano, com o qual terá sido nomeado sócio correspondente da Academia Real das Ciências e que consta do arquivo desta instituição com o título Memoria sobra as indagações dos Factores compostos das equações; Exposição da ideá que deve formar-se das quantidades negativas (1816), texto que não terá sido publicado nem remetido à Academia, como cria Inocêncio; Exposição do estado actual da real casa d’asylo dos naufragados, mandada erigir em S. João da Foz do Douro (1832).

José Avelino de Castro foi um matemático ilustre, que contribuiu grandemente para o prestígio da Academia Real de Marinha e Comércio da Cidade do Porto. É referenciado por Francisco Castro Freire e Rodolfo Guimarães e elogiado por Adrien Balbi, na obra Essai statistique sur le royaume de Portugal et d’ Algarve (1822).

José Avelino de Castro morreu no Porto a 29 de maio de 1854.
(Universidade Digital / Gestão de Informação, 2013)

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