Rodrigo Ribeiro de Sousa Pinto 1811-1893 Matemático, professor, escritor e tradutor |
Rodrigo Ribeiro de Sousa Pinto nasceu no dia 24 de janeiro de 1811 em Ferreiros de Tendais, antiga vila e sede de concelho, hoje pertencente a Cinfães. Era filho do Dr. José de Sousa Ribeiro e de Bernarda Maria Correia de Brito e irmão de Basílio Alberto de Sousa Pinto, lente de Leis na Universidade de Coimbra, e de Joaquim de Santa Clara Sousa Pinto, lente de Química na Academia Politécnica do Porto. Foram seus avós paternos António de Sousa e Margarida de Sá e avós maternos António Pinto de Resende e Inocência Maria Correia.
Matriculou-se na Academia Real de Marinha e Comércio da Cidade do Porto no ano letivo de 1824-1825 sem ter ainda completado os 14 anos, idade exigida pelos estatutos da Academia. Foi aluno premiado do 1.º ano matemático.
Desta Academia transitou para a Universidade de Coimbra, onde se matriculou em Matemática e Filosofia em 1825. No ano letivo de 1828-1829, quando esta Universidade esteve encerrada, regressou à Academia Real de Marinha e Comércio da Cidade do Porto para frequentar o 2.º ano matemático, sendo novamente premiado.
Em 1830 obteve o grau de bacharel em Coimbra. No ano seguinte foi nomeado lente substituto de Matemática da Academia do Porto, por carta régia de 15 de abril, mas pouco tempo depois abandonou a docência, com a chegada das tropas liberais ao Porto, em julho de 1832.
Depois da guerra civil, Rodrigo de Sousa Pinto voltou à Universidade de Coimbra e aqui obteve os graus de licenciado e de doutor, em 1836.
Nesta Universidade foi lente substituto de Foronomia (1834-1835) e de Cálculo (1836-1840), lente de Geodesia (1841-1844) e de Astronomia Prática (desde 1844 até à sua jubilação, em 1866), 1.º Astrónomo e 2.º Astrónomo e diretor do Observatório Astronómico de Coimbra (1858-1866).
Escreveu artigos n’O Instituto, foi tradutor de obras, também científicas, nomeadamente com o colega Francisco de Castro Freire. É o autor da obra Calculo das efemérides astronómicas de Coimbra (1848).
Em Espanha, no cabo Oropesa, assistiu ao eclipse solar de 1860.
Foi sócio correspondente da Academia Real das Ciências (nomeado a 17 de julho de 1850), sócio honorário do Instituto de Coimbra, comendador da Ordem de Cristo e conselheiro do Príncipe Regente.
Morreu em Penafiel, em casa da filha Maria Madalena de Macedo Sousa Pinto, a 14 de setembro de 1893. O seu corpo foi trasladado para Coimbra e sepultado em Santo António dos Olivais dois dias mais tarde.
(Universidade Digital / Gestão de Informação, 2013)