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Memória U.Porto

Antigos Estudantes Ilustres da Universidade do Porto

Francisco Pinto da Costa

Inexistência de fotografia Francisco Pinto da Costa
1826-1869
Pintor e professor



Fotografia da Igreja de Santa Marinha / Photo of the church of Santa MarinhaFrancisco Pinto da Costa nasceu no lugar das Costeiras, Vila Nova de Gaia, a 30 de dezembro de 1826. Foi o segundo filho de João Pinto da Costa e de Ana Emília Fernandes Reis, neto paterno de Francisco Pinto da Costa e de Rita da Silva Freitas e neto materno de João Fernandes Reis e de Maria Joaquina Fernandes Reis.
Foi batizado na igreja paroquial de Santa Marinha, Vila Nova de Gaia, a 11 de janeiro de 1827.

Viveu os seus primeiros anos privado da companhia do pai e dos tios, todos eles combatentes liberais. O pai, que esteve exilado em 1828, regressou ao país com as forças de D. Pedro, sendo condecorado com a medalha de cavaleiro da Ordem de Torre e Espada e a medalha de Cavaleiro da Ordem de S. Bento de Avis.

Entre 1839 e 1851, Francisco estudou na Academia Portuense de Belas Artes. Fez formação em Desenho e cursou Pintura Histórica. Interrompeu os estudos no 3.º ano devido à guerra da Patuleia (1846-1847), tendo retomado a formação no ano letivo de 1847-1848. Em 1851 frequentou aulas complementares de Modelo Vivo para se habilitar ao exame final do 5.º ano, no qual apresentou a obra O desengano de D. João II, que expôs na IV Exposição Trienal da APBA.
Durante a formação académica recebeu o 2.º prémio (medalha de prata) em Desenho Histórico, com a cópia de uma litografia de Bernard-Romain Julien (1802-1871). Pensa-se que terá frequentado o círculo artístico do mestre Auguste Roquemont.

Aquando da visita de D. Maria II e da família real ao Porto, o pintor procurou obter financiamento régio para prosseguir os estudos no estrangeiro. O que conseguiu após a apresentação da obra Um pobre cego, aclamada pelo escritor Arnaldo Gama (1828-1869), seu amigo próximo. Ainda em 1853, José Marques Nogueira de Lima, redator de A Grinalda: periódico de poesias inéditas, dedicou a Pinto da Costa o poema Última Flor (publicado mais tarde, em 1855).

Retrato do pintor Francisco José Resende / Portrait of the painter Francisco José ResendeDepois de obtido o subsídio de D. Fernando II, em julho de 1853, Francisco Pinto da Costa seguiu para Paris na companhia do condiscípulo Francisco José Resende. Chegados à capital francesa, os dois jovens artistas ingressaram no ateliê do pintor Adolphe Ivon (1817-1893), onde encontraram os irmãos João António Correia e Guilherme António Correia, que aí terminavam os estudos.

Em 1854, Pinto da Costa ingressou como aspirante na École des Beaux Arts, a cargo de Célestin Nanteuil (1813-1873), com o registo de matrícula n.º 4234. Obteve um prémio com um autorretrato e enviou desenhos e cópias de pinturas, da autoria de grandes mestres do Museu do Louvre, à V Exposição Trienal da APBA.

Regressou ao Porto em 1955, continuando a pintar e depois, também, a lecionar. Entre outras obras, pintou o retrato de António Pinto Coelho da Silva, em 1855 (Museu Nacional de Soares dos Reis), sete retratos de benfeitores da Santa Casa da Misericórdia do Porto (executados entre 1858 e 1859), o retrato de Inês Emília Ramos, em 1859 (MNSR), o retrato de D. Pedro V para a Câmara Municipal do Porto (em depósito desde 1941, no MNSR), o retrato de D. Pedro V (~anos 60 do século XIX), que se encontra na Sala dos Retratos do piso nobre do Palácio da Bolsa, e o retrato do poeta António Augusto Soares de Passos (1860), propriedade do Ateneu Comercial do Porto. Foi ainda autor da tela do retábulo-mor da Igreja de S. Mamede de Infesta - Eucaristia, Imolação do Cordeiro, encomendada por Rodrigo Pereira Felício.

Francisco Pinto da Costa participou na VII Exposição Trienal da APBA. Em 1861 integrou o júri do 8.º grupo (Belas-Artes) da Exposição Industrial do Porto, com João Baptista Ribeiro (1790-1868), Manoel José Carneiro (m.1865), Raimundo Joaquim da Costa (1778-1862) e Manoel da Fonseca Pinto (c.1800-82).

Foi professor na Escola Industrial do Porto - professor substituto de Desenho a partir de 1863 e lente de Desenho de Ornato, em substituição de António José de Souza Azevedo, em 1864.
Foi sócio da Sociedade Promotora das Belas Artes de Lisboa.

Residiu no n.º 172 da rua de Gonçalo Cristóvão, Porto, e teve estúdio na rua Formosa (no n.º 240 em 1860 e no n.º 236 a partir de 1862), da mesma cidade.
Morreu na madrugada de 5 de setembro de 1869, aos 42 anos de idade, na casa do Conselheiro Manuel Ferreira de Seabra (1786-1872). O corpo, depositado na Igreja de Santo Ildefonso, foi a sepultar num jazigo privado do Cemitério do Prado do Repouso.

A obra deste pintor romântico, que se dedicou essencialmente ao retrato e à pintura histórica, encontra-se dispersa por museus e coleções privadas da cidade do Porto e, sobretudo, por coleções da família do conde de Lumbrales, seu sobrinho, filho do irmão Ricardo Pinto da Costa e de Francisca Bartól Y Perez.
(Universidade do Porto Digital / Gestão de Documentação e Informação, 2015)

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