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Memória U.Porto

Antigos Estudantes Ilustres da Universidade do Porto

António Teixeira de Sousa

Fotografia de António Teixeira de Sousa / Photo of António Teixeira de Sousa António Teixeira de Sousa
1857-1917
Médico e político



António Teixeira de Sousa nasceu na freguesia de Celeirós do Douro, concelho de Sabrosa e distrito de Vila Real em 5 de maio de 1857.

Frequentou os estudos liceais em Vila Real (1874-1877), os preparatórios de Medicina na Academia Politécnica do Porto e diplomou-se em Medicina pela Escola Médico-Cirúrgica do Porto (1878-1883). Terminou o curso com a apresentação da dissertação Inervação do coração. Foi-lhe atribuído o Prémio Macedo Pinto, destinado ao estudante mais distinto.

No início de carreira trabalhou como médico do partido municipal no concelho de Valpaços (1883), como cirurgião-ajudante do Exército (1885) e como diretor-técnico das termas de Pedras Salgadas (1883-1887) e de Vidago (1887-1889). Nessa altura, era colaborador do jornal O Distrito de Vila Real (1884-1892).

Fotografia de António Teixeira de Sousa / Photo of António Teixeira de SousaTeixeira de Sousa integrou a Câmara dos Deputados entre 1890 e 1900. Foi eleito procurador à Junta Geral do Distrito e nomeado governador civil de Bragança (1894-1896). Foi Par do Reino (nomeado por carta régia de 29 de dezembro de 1900, tomando posse a 14 de janeiro de 1901), ministro da Marinha e Ultramar (de 25 de junho de 1900 a 28 de fevereiro de 1903) e ministro da Fazenda (entre 28 de fevereiro de 1903 e 26 de março de 1904 e entre 20 de março e 9 de maio de 1906) nos governos presididos por Hintze Ribeiro (1900-1904 e 1906). Foi líder do Partido Regenerador, presidente do Conselho de Ministros e ministro do Reino entre 26 de junho e 5 de outubro de 1910.

Teixeira de Sousa foi governador-civil de Bragança (entre 13 de dezembro de 1894 e 23 de janeiro de 1896), inspetor da Companhia dos Tabacos no círculo do Norte (de 1891 a 1900) e diretor-geral das Alfândegas do Reino (nomeado a 2 de maio de 1904). Exerceu funções como presidente do Tribunal Superior do Contencioso Técnico Aduaneiro, foi presidente do Conselho de Administração-Geral das Alfândegas e governador do Banco Nacional Ultramarino (1909). Abandonou todas estas funções quando foi indigitado para constituir governo, a 25 de junho de 1910.

António Teixeira de Sousa afirmou ter sido baleado numa coxa durante a revolução republicana de 5 de outubro de 1910. Dias depois, partiu para Vidago, onde escreveu em defesa do último governo da monarquia. Registe-se, porém, que apesar de monárquico, Teixeira de Sousa não foi destratado pelos republicanos - o governo provisório permitiu-lhe manter-se no posto de diretor-geral das Alfândegas e, apesar de ter declinado esta responsabilidade, exortou os seus correligionários a não hostilizarem o novo regime. Teixeira de Sousa era amigo de João Carlos de Melo Barreto, ex-deputado regenerador que aderiu ao Partido Republicano Português e, em 1914, foi eleito vogal do conselho de administração da Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses.

Tinha um estilo agressivo de discursar e era visto com animosidade pelos meios políticos da capital. Este “político de carreira”, com “uma vontade de ferro”, apresentou-se à revista Ilustração Portuguesa em setembro de 1907 como um “homem de trabalho e principalmente de acção”.

Casou com Emília Teixeira de Sampaio e teve três filhos: António, José e Alice.

Faleceu no Porto, no Hotel Francfort, a 5 de junho de 1917, vítima de uma síncope cardíaca.
O cortejo fúnebre, constituído por milhares de pessoas, saiu para Sanfins do Douro, onde o médico e político foi a sepultar. O Presidente da República, Afonso Costa, considerou a morte de António Teixeira de Sousa uma “perda nacional”.
(Universidade Digital / Gestão de Informação, 2014)

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