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Memória U.Porto

Antigos Estudantes Ilustres da Universidade do Porto

Lino António

Auto-retrato de Lino António / Self-portrait of Lino António Lino António
1898-1974
Pintor e professor



Quadro Arredores de Leiria, 1935 / Portrait Arredores de Leiria, 1935Lino António da Conceição, terceiro filho de Lino António da Conceição e de Maria do Carmo Pereira Dias Conceição, nasceu em Leiria, a 26 de novembro de 1898.

Nesta cidade fez o curso dos liceus e o Curso de Desenho Ornamental da Escola Industrial de Domingos Sequeira. Ingressou depois na Escola de Belas Artes de Lisboa e desta foi transferido para a Escola de Belas Artes do Porto, no dia 1 de outubro de 1915. Na EBAP foi discípulo de João Marques de Oliveira. Em 1949, dirigiu uma petição ao Ministério da Educação Nacional para poder realizar as provas de conclusão do Curso Superior de Pintura. Foi-lhe passada carta de curso a 15 de julho daquele ano.

No Teatro Maria Pia de Leiria, Lino António organizou a sua primeira exposição individual em 1918. Nesta cidade integrou uma tertúlia composta, entre outros, pelo seu amigo e mestre Narciso Costa, pelo futuro arquiteto Luís Fernandes e pelo poeta Américo Durão, grupo que representou no auto-retrato coletivo Nós, em 1923.
Em 1924 realizou uma exposição individual intitulada 1.ª Exposição Lino António Pintura e Desenho, a qual esteve patente ao público no Estúdio da Sociedade Nacional de Belas Artes, em Lisboa. O artista considerou que esta mostra era verdadeiramente a sua primeira exposição e nela apresentou as gentes e paisagens do litoral, temas constantes na sua obra.

Nos anos seguintes participou na I e II edições do Salão de Outono da Sociedade Nacional de Belas Artes (1925 e 1926), no Salão dos Independentes (SNBA, 1930 e 1931), na I Exposição de Arte Moderna do SPN/SNI (1935) e na Exposição do Ano X da Revolução Nacional (1935), em Lisboa. Fora do país, marcou presença na Exposição Ibero-Americana (Sevilha, 1929) e na Exposição Colonial de Paris (França, 1931).
Lino António trabalhou como pintor-decorador na Exposição do Mundo Português e na I Exposição de Montras, ambas em 1940. Participou na Exposição de Arte Moderna do SPN/SNI (1944), organizou com sucesso a última exposição individual (1944), no estúdio do Secretariado da Propaganda Nacional, e participou na Bienal de S. Paulo (Brasil, 1965).

Vitrais de Lino António, na Casa do Douro /  Stained of Lino António, in Casa do DouroA partir dos anos trinta começou a fazer encomenda pública de vulto, sobretudo para Lisboa. Produziu, entre outras obras, o friso da sala do presidente da Assembleia Nacional, cerca de 1938; os frescos do arco triunfal e da varanda do coro da Igreja de Fátima (Lisboa, 1938); os vitrais da Casa do Douro, no Peso da Régua (1945); os frescos e vitrais para o Salão Nobre dos Paços do Concelho de Vila Franca de Xira (1949); os frescos da capela-mor da Igreja de Santo Eugénio do Bairro da Encarnação (Lisboa, 1951); o painel de cerâmica do átrio do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (Lisboa, 1952); a via-sacra do pórtico do Santuário de Nossa Senhora de Fátima, com Querubim Lapa e Manuel Cargaleiro (1955); os frescos do Salão Nobre dos Paços do Concelho da Covilhã (1957); o friso de cerâmica do Instituto de Higiene e Medicina Tropical (1958), o painel cerâmico para o Pavilhão do Corpo de Alunos do Colégio Militar (1958), a tapeçaria "Olissipo" do Hotel Ritz (1959) e os frescos para o átrio da Biblioteca Nacional (1966), em Lisboa.

Trabalhos seus foram utilizados na decoração do Bristol Club de Lisboa. Foi ilustrador de revistas literárias e artísticas.

Lino António também fez carreira como docente. Lecionou Desenho Geral na Escola Industrial e Comercial da Marinha Grande e foi professor efetivo de Desenho Mecânico da Escola Industrial de Machado de Castro, em Lisboa. Na Escola de Artes Decorativas de António Arroio (atual Escola António Arroio), em Lisboa, onde ingressou em 1940, foi professor efetivo, professor metodólogo e diretor, cargo que abandonou em 1968 por limite de idade.

No final da vida continuou a pintar, revisitando a arte modernista da sua juventude.

Foi distinguido com as medalhas de honra na Exposição Internacional de Sevilha (1929) e na Exposição Colonial de Paris (1932) e obteve o Prémio Rocha Cabral (1943).

Foi casado com Maria Helena Noronha Tudela, de quem teve 3 filhos.
A 21 de outubro de 1974 sofreu um acidente vascular no seu ateliê, vindo a falecer dois dias depois.

Este pintor da segunda geração modernista foi homenageado postumamente numa Exposição-Evocativa realizada na Galeria de Turismo de Leiria (1988) e na Escola António Arroio (1995). Dá nome à galeria da Escola António Arroio - Galeria Lino António, e a uma rua da cidade de Leiria - rua Lino António.
(Universidade Digital / Gestão de Informação, 2014)

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