Jorge Gigante 1919-1994 Arquiteto, urbanista e professor |
Jorge Guimarães Gigante, filho de Alexandre Martins Manso Gigante e de Maria do Céu Guimarães Gigante, nasceu na freguesia de Pêrre, Viana do Castelo, a 23 de dezembro de 1919.
Em 1942 concluiu o curso de Condutor de Construções Civis, Obras Públicas e Minas no Instituto Industrial do Porto. Estudou Arquitetura na Escola de Belas Artes do Porto e na Escola Superior de Belas Artes do Porto entre 1948 e 1958. Diplomou-se neste ano com a classificação de 19 valores. Ao Concurso para Obtenção do Diploma de Arquiteto (CODA) apresentou um projeto intitulado Uma habitação para um industrial.
Trabalhou no Couto Mineiro de Rio de Frades, em Arouca (1942-1946), no Gabinete de Urbanização da Câmara Municipal do Porto (1948-1954) e na Administração dos Portos do Douro e Leixões (1954-1964). Foi assessor das câmaras municipais de Ovar, de Vila do Conde, de Ílhavo, da Maia, de Vila Nova de Famalicão e da Póvoa de Varzim (anos 60 a 80). Foi perito avaliador do Tribunal da Relação do Porto entre 1963 e 1977, 1.º comissário do governo para a Renovação Urbana da Área Ribeira-Barredo (CRUARB), entre 1975 e 1976, e dirigente da Secção Regional Norte do Sindicato Nacional dos Arquitetos.
Jorge Gigante foi, também, professor da ESBAP e da Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto entre 1967 e 1990, ano em que se jubilou. Foi membro convidado do Conselho Académico da Escola Superior Artística do Porto (1990-1991).
Em 1960, constituiu um gabinete de arquitetura com Francisco Figueiredo Melo, ao qual se associaram mais tarde os arquitetos José Manuel Gigante, filho, e João Álvaro Rocha. Deste gabinete saíram inúmeros projetos e obras de centrais automáticas da empresa Telefones de Lisboa e Porto (extinta TLP), nomeadamente a central de Arcozelo (Vila Nova de Gaia, 1974) e a ampliação da central telefónica do Bonfim (Porto, 1970-1972); o plano do empreendimento turístico da Serra das Meadas (Lamego); a remodelação e ampliação do Banco Borges & Irmão (Braga, 1978) e as habitações unifamiliares e do Centro Social da Sé do Porto (1990), entre muitas outras.
Jorge Gigante recebeu o Prémio Gulbenkian de Arquitectura/Design (1986) juntamente com os colegas de ateliê e foi-lhe atribuído o 1.º lugar nos concursos para os projetos das novas instalações do Laboratório Nacional de Investigação, em Vairão (Vila do Conde, 1990) e da delegação do Instituto de Comunicações de Portugal, em Ramalde (Porto, 1992). Estas obras foram posteriormente executadas pelo seu filho, José Gigante, e por João Álvaro Rocha.
Foi casado com Maria Eduarda de Sousa Delgado da Silva Ribeiro dos Santos Gigante.
Morreu no Porto, a 27 de junho de 1994.
(Universidade Digital / Gestão de Informação, 2014)