Caetano Moreira da Costa Lima 1835-1898 Pintor e desenhador |
Caetano Moreira da Costa Lima nasceu no Porto a 29 de julho de 1835.
Terá sido discípulo do pintor de origem suíça Augusto Roquemont e professor da artista Aurélia de Souza, antes de frequentar, com bom aproveitamento, a Academia Portuense de Belas Artes (1846-1854).
Depois de concluir os estudos viajou pela Europa.
Este artista romântico pintou sobretudo cenas trágicas e figuras heróicas da história portuguesa. Expôs em Lisboa na Sociedade Promotora das Belas Artes, em 1880, e no Porto, nas exposições trienais da Academia Portuense de Belas Artes (anos 1854 e 1860) e na 2.ª e 3.ª edições da Exposição d’Arte (1888 e 1889). Participou também em dois concursos de arte promovidos pela Câmara Municipal de Lisboa, em 1888 e 1889, onde apresentou, respetivamente, o esboço a óleo Vasco da Gama na corte de D. Manuel – que lhe granjeou o 2.º prémio (pecuniário) - e o esboceto Martim de Freitas ante o cadáver de D. Sancho II, uma obra de exaltação da lealdade de Martim de Freitas para com o rei falecido em Toledo (com data anterior a 1881).
Figura de culto no meio artístico do Porto, Caetano da Costa Lima foi autor de outras obras de inspiração histórica como: A prisão da Duquesa de Mântua (1888, MNSR); Alcácer Quibir (c. 1888, MNSR), apresentada na 2.ª Exposição d’Arte e na Grande Exposição do Norte de Portugal, realizada no Palácio de Cristal em 1933; e Martim de Freitas verificando na catedral de Toledo o falecimento do rei D. Sancho II (MNSR), que esteve patente na 5.ª exposição d’ Arte do Porto (1891) e na Grande Exposição do Norte de Portugal de 1933.
Caetano da Costa Lima colaborou no Jornal do Porto, entre 1875 e 1883, redigindo notícias sobre belas artes e publicando as impressões das viagens realizadas a Espanha, a Itália, à Suíça, à França, à Alemanha e a Inglaterra.
Morreu no Porto a 17 de novembro de 1898.
No Museu Nacional de Soares dos Reis há um auto-retrato do artista.
(Universidade Digital / Gestão de Informação, 2014)