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Memória U.Porto

Antigos Estudantes Ilustres da Universidade do Porto

Rui de Serpa Pinto

Fotografia de Rui de Serpa Pinto / Photo of Rui de Serpa Pinto Rui de Serpa Pinto
1907-1933
Engenheiro, arqueólogo, antropólogo e bibliógrafo



Rui Correia de Serpa Pinto nasceu no Porto, na freguesia de Santo Ildefonso, a 6 de Agosto de 1907. Era filho de Hernâni de Serpa Pinto e de Aurora Basto Correia de Serpa Pinto.
Depois de concluir, com excelentes classificações, o Curso dos Liceus, licenciou-se em Matemática (1927) na Faculdade de Ciências, e em Engenharia Civil, na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto.

Em 1925, ainda estudante, fez a sua primeira descoberta científica ao identificar as indústrias líticas de tipo asturiense na região de Vila Praia de Âncora. Esta descoberta foi publicada três anos mais tarde com o título "O Asturiense em Portugal.". Ainda nesta fase da sua vida, frequentou a Congregação Mariana de Santo Ildefonso, de que foi assistente.

Rui de Serpa Pinto foi professor no ensino secundário e no ensino superior. Em 1930, e após concurso documental, foi nomeado assistente do Grupo de Ciências, onde já mantinha colaboração com o Instituto de Antropologia. Em 1931 esteve ligado à fundação do Colégio Brotero, de cuja direção fez parte.

No campo da Engenharia Civil, foi um dos fundadores da "Sociedade Engenheiros Reunidos", no Porto.

Imagem do Logo da Sociedade Portuguesa de Antropologia e Etnologia / Logo Image of the Portuguese Society of Anthropology and EthnologyRui de Serpa Pinto interessou-se por diversas áreas do saber: pela Pré e Proto-história, pela Arqueologia Medieval, pela Numismática, Paleontologia, Geologia, Epigrafia e Bibliografia. Visitou museus, arquivos, bibliotecas e áreas arqueológicas em todo o país, mas também núcleos museológicos e estações arqueológicas em Espanha, França, Itália e Inglaterra.

Correspondeu-se com personalidades da Cultura e apresentou comunicações em encontros científicos. Colaborou nas sessões da Sociedade Portuguesa de Antropologia e Etnologia e foi sócio de diversas instituições científicas, nacionais e internacionais, nomeadamente da Associação dos Arqueólogos Portugueses, da Sociedade Portuguesa de Meteorologia e Geofísica, do seminário de Estudos Galegos, do Instituto Internacional de Antropologia, da Sociedade Pré-Histórica Francesa, da Sociedade dos Antiquários de Londres.

Católico praticante, frequentou enquanto estudante a Congregação Mariana de Santo Ildefonso, e foi vice-presidente da Juventude Católica, no seio da qual criou o núcleo académico de S. João Crisóstomo.

"Le Jeune", como era conhecido entre os estudiosos da Arqueologia, morreu no Porto a 23 de Março de 1933 com apenas 25 anos de idade, vítima de septicémia tifoide. Não obstante a sua curta existência, deixou uma obra importante para todos os que se interessam pelo estudo da Arqueologia do Noroeste.

No seu jazigo no cemitério de Agramonte, no Porto, pode ler-se o seguinte epitáfio: "Mocidade, talento, virtudes. Foi justo e foi sábio. Repartiu a sua vida breve mas fulgente entre o amor a Deus, à Família e à Ciência. Mostras aos 25 anos um pleno vôo de glória. Viverá eternamente no coração dos que o amaram.".
(Universidade Digital / Gestão de Informação, 2012)

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