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Memória U.Porto

Antigos Estudantes Ilustres da Universidade do Porto

António Plácido da Costa

Retrato de Plácido da Costa António Plácido da Costa
1848-1916
Médico, oftalmologista, professor universitário e inventor



António Plácido da Costa, filho do tecelão Rafael da Costa, nasceu na Covilhã a 1 de Setembro de 1848.

Em 1863 foi viver com o pai para o Porto, que tinha sido contratado pela fábrica de lanifícios de Lordelo do Ouro. Nesta cidade frequentou o Colégio do Padre Six, onde foi encaminhado para uma carreira eclesiástica. Concluiu os exames no Liceu Nacional e ingressou na Academia Politécnica do Porto, onde permaneceu até Julho de 1868.
Nesta Academia realizou os exames de Física, Química, Zoologia e Botânica e foi premiado na cadeira de Botânica pela apresentação de um trabalho na área de Histologia Vegetal, em 1867.

Concluídos com sucesso os anos preparatórios, António da Costa ingressou no Seminário de Cambraia, onde adquiriu formação humanista, poder de argumentação e solidez de raciocínio. Frequentou esta instituição até 1870.

Ricardo Jorge por Veloso Salgado (BPMP)Em 1874 inscreveu-se na Escola Médico-Cirúrgica do Porto, onde foi condiscípulo de Ricardo Jorge e com quem veio a colaborar anos mais tarde no âmbito do estudo da peste bubónica.

Durante os anos seguintes, apresentou na associação estudantil "Aliança Académica" um trabalho sobre "O microscópio e as suas revelações" (1875) e criou um curso prático e particular de Histologia (1878), área na qual foi pioneiro no Porto. Concluiu o curso de Medicina em 1879, com a apresentação da dissertação "Apontamentos de micrologia médica", tendo sido aprovado com louvor.

Entre 1879 e 1791 trabalhou em Lisboa como médico-oculista no consultório do Dr. Van der Laan, tendo escrito 10 artigos para o "Periódico de Oftalmologia Prática" durante esse período. Sete desses estudos centram-se na apresentação de 4 invenções da sua autoria: o astigmatoscópio explorador, a mais famosa de todos eles, hoje conhecido como querotoscópio de Plácido, o binoscópio ortopédico, instrumento para auxiliar a correção subjetiva do estrabismo, a cápsula higrotérmica, para aplicar ao calor húmido nas doenças oculares e a bateria galvanoterápica.

De volta ao Porto, exibiu as suas invenções numa sala da Escola Médico-Cirúrgica e apresentou o seu último trabalho publicado, intitulado "Fisiologia do punctum caecum da retina humana", como tese de concurso ao lugar de lente substituto da secção médica dessa Escola.

As grandes invenções antigas e modernas nas sciencias, industria  e artes (capa da publicação)Durante a sua carreira de docente e investigador, regeu um curso de Histologia (1884-1894), lecionou as cadeiras de Histologia (1884-1902, 1910-1916) e de Fisiologia (primeiro como lente proprietário, depois como professor ordinário, a partir de 1911). Geriu o Laboratório de Fisiologia (1884-1906), construiu o primeiro telescópio pensado e realizado em Portugal (1883-1885) e o eletromagnete oftalmoterápico (1884), entre muitos outros instrumentos, e traduziu a obra "As grandes invenções antigas e modernas nas sciencias, industria e artes: obra para uso da mocidade", do escritor e cientista francês Louis Figuier (1819-1894).

Casou com Belmira Amsinck Oliveira Allen de quem teve descendência. Durante os momentos de lazer gostava de se dedicar à floricultura e a tocar violino.
Plácido da Costa morreu no Porto em 1916.

Objectos e instrumentos deste ilustre investigador integram a sala Ricardo Jorge do Museu de História da Medicina Maximiano Lemos.
(Universidade Digital / Gestão de Informação, 2011)

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