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Memória U.Porto

Antigos Estudantes Ilustres da Universidade do Porto

Roberto Frias

Retrato de Roberto Frias, por Abel Salazar / Portrait of Roberto Frias, by Abel Salazar Roberto Frias
1853-1918
Médico, cirurgião e professor universitário



Roberto Belarmino do Rosário Frias, filho de António José de Frias e de D. Angélica Frias, nasceu em Arporá, comarca de Bardez, em Nova Goa, a 5 de Junho de 1853.
Foi no território indiano que realizou os preparatórios liceais (1870) e fez o curso de Teologia do Seminário Diocesano, que terminou aos 19 anos de idade. Depois, veio para Portugal.
Aqui chegado, ingressou na Universidade de Coimbra para continuar os estudos em Teologia mas, antes de ser ordenado, decidiu mudar de rumo, tendo passado a estudar Direito e depois Medicina.

Caricatura de Roberto Frias, por Manuel Monterroso / Caricature of Roberto Frias, by Manuel MonterrosoA família não apreciou esta opção, antes pelo contrário, manifestando-lhe a sua discordância e suspendendo-lhe, mesmo, o financiamento dos estudos. Nessa altura, Roberto Frias instalou-se no Porto, onde se matriculou na Escola Médico-Cirúrgica do Porto, tendo tido por condiscípulos figuras como Tito Fontes, Júlio Franchini, Júlio de Matos e Basílio Teles. Vivia, então, das aulas que lecionava.

Concluiu a licenciatura a 15 de Outubro de 1880, com a defesa da dissertação inaugural O crime (apontamentos para a systematização da criminalidade) e a obtenção de accessits, prémios e louvores em grande parte das disciplinas (obteve o acessit em 1877, na repetição da cadeira de Anatomia, mas também em Fisiologia; em 1880, alcançou o 2. º prémio na disciplina de Partos; e conseguiu, ainda, o 1.º prémio em Clínica Médica e em Clínica Cirúrgica, bem como o acessit em Medicina Legal).
Foi, então, trabalhar para a Caparica como médico municipal. Todavia, sentiu necessidade de prosseguir os estudos médicos no estrangeiro, nomeadamente nos hospitais de Paris, de Londres e da Índia. Neste estado, onde viveu entre 1882 e 1887, exerceu como facultativo do quadro da saúde e, por dois anos, lecionou na Escola Médica de Goa.

Voltou ao Porto, onde concorreu a Lente Demonstrador da Secção Cirúrgica. Manteve-se no exercício desta função entre 1887 e 1895.
Nos três anos seguintes (1895-1898) ocupou o lugar de Lente Substituto, tendo assumido a responsabilidade por diversas cadeiras de professores catedráticos ausentes. A 26 de Maio de 1898 foi nomeado para a cadeira de Operações, passando depois, em Outubro, para a de Clínica Cirúrgica.

Roberto Frias foi um médico notável nos sectores privado e público, mas, também, um competente professor e cirurgião. Muitas das suas intervenções cirúrgicas estiveram na base de várias teses, como as de Torquato Brochado, António Augusto Fernandes, Rodrigues Maia, Felisberto Rebordão, Albino de Azevedo Maia, Albino Torres e António Feliciano Botelho, etc.).

Proferiu comunicações científicas em diversos locais, como na Associação dos Médicos do Norte de Portugal, na Associação Médica Lusitana e na Sociedade União Médica e no Salão Árabe do Palácio da Bolsa (sessão de encerramento do IV Congresso da Liga Nacional contra a Tuberculose, em 1907). Escreveu artigos sobre Medicina, editados na "Gazeta Médica do Porto" e no "Portugal Médico", por exemplo.

No final da sua vida, depois de abandonar a prática clínica, procurou escrever uma obra médica; contudo, foi impedido de o fazer por ter contraído tifo exantemático durante o tratamento de um doente. Faleceu a 18 de Abril de 1918.
(Universidade Digital / Gestão de Informação, 2009)

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