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Memória U.Porto

Antigos Estudantes Ilustres da Universidade do Porto

Armindo de Sousa

Inexistência de fotografia Armindo de Sousa
1941-1998
Historiador



Fotografia de Lustosa, Lousada / Photo of Lustosa, LousadaArmindo de Sousa nasceu na freguesia de Lustosa, no concelho de Lousada, em 2 de Junho de 1941. Era filho de Bernardino Alves de Sousa e de Ana de Sousa.

Terminou, com distinção, os estudos secundários no Colégio de Singeverga, em Roriz, Santo Tirso, em 1960.
Cinco anos mais tarde concluiu com a classificação de "Bom" o Curso de Teologia no Seminário Maior da Diocese do Porto. Exerceu o sacerdócio durante cerca de sete anos, mas veio a abandoná-lo para poder formar uma família, aquela que considerava a sua verdadeira vocação.

Frequentou o curso de História na Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Em 1974 fez o bacharelato com a classificação de dezasseis valores e, no ano seguinte, concluiu a licenciatura com dezassete valores de média final.

Lecionou no Liceu Alexandre Herculano, no Porto (1967-1971), e no Grande Colégio Universal do Porto (1971-1975), as disciplinas de "Moral", "História", "História e Geografia", "Psicologia e Filosofia". Na Escola de Educadoras de Infância "Santa Mafalda" (1974-1979) ministrou as disciplinas de "Introdução à Sociologia", "Sociologia da Educação" e "Psicologia do Desenvolvimento".

Fotografia da obra História de Portugal, da Círculo de Leitores / Photo of History of Portugal, of Círculo de LeitoresEm 1975 ingressou, como Assistente, na Faculdade de Letras da Universidade do Porto e, a partir de 1991, assumiu a responsabilidade pela cadeira de "Antropologia Cultural" na Universidade Portucalense "Infante D. Henrique". Na Faculdade de Letras do Porto, aquela que foi "a sua casa", foi Monitor de "Arqueologia de Campo e Técnicas Laboratoriais" (1974-1975), regente das cadeiras de "Pré-História Geral I" (1975-1976), de "História da Cultura I - Grécia e Roma" (1976-1978), de "História da Cultura Portuguesa - Época Medieval" (1977-1978) e de "História Cultural e das Mentalidades (Séculos III-IXV)" (1978-1988) que, em 1988, passou a designar-se "Cultura e Mentalidades na Época Medieval" e ensinou até 1997. De 1979 a 1981 foi responsável pelas aulas práticas de "Paleografia e Diplomática". No Mestrado de História Medieval teve a seu cargo a disciplina "Crítica Textual" e o seminário "Assembleias Representativas Medievais". Mas foi muito mais do que isso: foi um sábio interessado que nunca negou ajuda e quem lha solicitou.

Na Faculdade de Letras do Porto desempenhou, ainda, outras atividades. Foi dirigente da Pró-Associação dos Estudantes de Letras (1970-1971), participou no Coral de Letras (1970-1974), representou os docentes de História no Conselho Pedagógico (1976-1977), foi Vice-Presidente do Conselho Científico (1990-1992), integrou a Assembleia de Representantes da Faculdade, tendo sido eleito Presidente da Mesa entre 1976 e 1981 e 1982 e 1990.

Fotografia da obra História do Porto (Porto Editora) / Photo of the publication História do Porto (Porto Editora)No início da sua carreira de docente universitário trabalhou na área de Arqueologia, que veio a trocar pela de História Medieval para cuja renovação em muito contribuiu, tendo-se dedicado, sobretudo, ao estudo das Cortes em Portugal (tema da tese de doutoramento, defendida em 1989, e de vários artigos).

Entre os seus trabalhos, destacam-se: o capítulo dedicado aos "Tempos Medievais" da História da Cidade do Porto, dirigida por Luís de Oliveira Ramos, cerca de metade do segundo volume "A Monarquia Feudal - 1325-1480" da História de Portugal, do Círculo de Leitores, dirigida por José Mattoso, e o artigo sobre "Portugal" na The New Cambridge Medieval History (1998).

Fotografia da obra The New Cambridge Medieval History VII / Photo of the Publication The New Cambridge Medieval History VIIOutros trabalhos relevantes, verdadeiros marcos na historiografia portuguesa, pelos temas abordados, são: O Mosteiro de Santo Tirso no Século XV - (1981); A Morte de D. João I (um tema de propaganda dinástica) (1984); Conflitos entre o Bispo e a Câmara do Porto nos Meados do Século XVI (1983); Estado e Comunidade: Representações e Resistências (1999).

Homem de uma cultura superior, dotado do dom da palavra e da escrita, marcou indelevelmente todos os que puderam acompanhar o seu percurso académico.

Como professor, legou à posteridade a exigência intelectual, a liberdade de pensamento e o orgulho de ser professor universitário. Como homem, o seu melhor legado foram os três filhos que deixou, quando morreu no Porto, no dia 25 de Outubro de 1998.
(Universidade Digital / Gestão de Informação, 2008)

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