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Memória U.Porto

Antigos Estudantes Ilustres da Universidade do Porto

Paulo Vallada

Fotografia de Paulo Vallada Paulo Vallada
1924-2006
Político e empresário



António Guilherme Paulo Vallada nasceu no Porto em 1924, no seio de uma família burguesa. No ano lectivo de 1946-1947 matriculou-se no Curso de Engenharia Civil, da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto. Terminou a licenciatura em 1949, com a classificação de 13 valores. Em 1950 partiu para Itália, onde frequentou um curso de pós-graduação no Instituto Politécnico de Milão.
Nos anos cinquenta iniciou a sua atividade profissional em África. Entre 1950 e 1958 trabalhou como engenheiro e construtor, em Moçambique. Criou e administrou empresas de construção civil e obras públicas (Caminho-de-ferro de Limpopo, o Liceu de António Enes, etc.) e metalomecânicas.
Nos anos 60 alargou a sua atividade a Angola e ao Brasil, essencialmente na área da construção civil.
Dos anos 70 e até ao fim da sua vida, administrou a sua empresa na Areosa, localizada junto à Estrada da Circunvalação, no Porto. Essa empresa havia sido comprada à família de Manuel Pinto de Azevedo, figura que muito admirava, e que veio a ser o primeiro "ninho de empresas" de Portugal, forma de incentivo à atividade empresarial moderna. Naquele período, assumiu também o cargo de administrador do Complexo do Cachão, no decurso do II Governo Provisório (1974).

Palácio da Bolsa, sede da Associação Comercial do PortoA par da sua atividade profissional, exerceu uma reconhecida acção social e cultural em prol do Porto. Foi presidente da Direção do Círculo de Cultura Teatral, secretário regional da SEDES (Associação para o Desenvolvimento Económico e Social), entre 1972 e 1974, fundador da CNAE (Conselho Nacional das Associações Empresariais) e da APGE (Associação Portuguesa de Gestão de Empresas) e presidente da Associação Comercial do Porto (1979-1983).
Eleito presidente da Câmara Municipal do Porto em 1982, numa lista da Aliança Democrática, foi capaz de gerar consensos na Vereação e de realizar uma obra importante para a cidade. Durante os três anos da sua presidência, destacam-se as seguintes iniciativas: as recuperações do Mercado Ferreira Borges, com o apoio do jornal O Comércio do Porto, e do Monumento ao Esforço Colonizador, projetado por Sousa Caldas e por Alferes Alberto Ponce de Castro, em 1934, e colocado na Praça do Império; a transferência das captações de águas de Zebreiros para Lever; o primeiro empréstimo obrigacionista de natureza autárquica, que fez escola; a resolução da questão da revisão do Plano Diretor da Cidade do Porto, transformado em Plano Diretor Municipal, sob a direção do arquiteto Duarte Castel-Branco; a criação do Centro Regional de Artes Tradicionais; a colocação do conhecido Cubo da Ribeira, do mestre José Rodrigues, no centro histórico do Porto; a realização da Conferência Internacional Os Portugueses e o Mundo (Junho de 1985). Após o cumprimento do mandato, aceitou um lugar na lista do PSD concorrente à Assembleia Municipal do Porto para o mandato de 1989-93.

Painel de azulejos da Igreja do Corpo Santo de Massarelos, representando S. Pedro Telmo e o Infante D. HenriqueA sua intervenção pública no Porto não se limitou à atividade política na edilidade. Ajudou a revitalizar velhas instituições como a Confraria das Almas do Corpo Santo de Massarelos, no âmbito da qual trouxe ao Douro, em 1993, a Regata do Infante, no contexto das comemorações do 5º Centenário das Descoberta da América. Impulsionou o início da conversão da Quinta de Serralves no Museu de Arte Contemporânea. Integrou a comitiva da Cooperativa Árvore presente nas derradeiras comemorações do 10 de Junho em Macau. Fundou e presidiu a Fundação da Juventude, na qual se instituiu uma Comunidade de Inserção com o seu nome. E participou nas Comemorações do 6º Centenário do Nascimento do Infante D. Henrique.
Esta figura carismática do Porto, reconhecida pela forte intervenção cívica e vasta cultura, morreu em Junho de 2006. Foi a enterrar a 5 desse mês, no cemitério de Agramonte, em Paranhos. Na missa de corpo presente realizada na Igreja do Corpo Santo juntaram-se inúmeros portuenses, anónimos e ilustres, que lhe quiseram prestar uma última homenagem. A urna funerária estava coberta pela bandeira da Associação Comercial do Porto.
(Universidade Digital / Gestão de Informação, 2008)

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