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Memória U.Porto

Antigos Estudantes Ilustres da Universidade do Porto

António de Sousa Magalhães e Lemos

Fotografia de Magalhães Lemos / Photo of Magalhães Lemos António de Sousa Magalhães e Lemos
1855-1931
Neurologista, psiquiatra e professor universitário



Fotografia do busto de Magalhães Lemos / Photo of the bust of Magalhães LemosAntónio de Sousa Magalhães e Lemos, filho de João António de Magalhães Lemos e de Emília de Jesus de Sousa, nasceu na Casa do Curral, Margaride, Felgueiras, no dia 18 de Agosto de 1855.

Estudou nos liceus de Braga e do Porto. Frequentou a Escola Médico-Cirúrgica do Porto onde se diplomou com distinção em 17 de Outubro de 1882, após a apresentação e defesa da dissertação inaugural "A Região Psychomotriz: apontamentos para contribuir ao estudo da sua anatomia". O júri foi presidido por Ricardo Jorge e o trabalho dedicado aos familiares próximos, ao corpo de catedráticos da Escola - sobretudo ao seu orientador, Pedro Augusto Dias -, ao amigo A. Plácido, a Costa Simões e aos seus condiscípulos.

A 28 de junho de 1883 foi nomeado, precedendo concurso, médico-ajudante do recém-criado Hospital Conde de Ferreira e, mais tarde, a 12 de maio de 1892, assumiu funções como médico-adjunto.
A 15 de Fevereiro de 1887 foi apontado lente auxiliar das 7.ª, 8.ª, 9.ª, 10.ª e 11.ª cadeiras do Instituto Industrial e Comercial do Porto. Lecionou nesta instituição até 1929.
Em 1889 editou "A paralysia geral", dissertação de concurso à Escola Médico-Cirúrgica do Porto.

Fotografia do busto em mármore de Magalhães Lemos / Photo of the marble bust of Magalhães LemosEm 1911 foi nomeado professor de Neurologia da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto pelo decreto com força de lei de 10 de maio desse ano (Diário de Governo, n.º 109, de 11 de maio). Assumiu a regência da cadeira de Psiquiatria deixada vaga pela transferência do Professor Júlio de Matos para a Faculdade de Medicina de Lisboa (decreto de 12 de agosto de 1911, Diário do Governo, n.º 200, de 28 do mesmo mês).
Seis anos mais tarde foi-lhe conferido o grau de Doutor em Medicina pelo Conselho Escolar da FMUP e em 1921 foi-lhe atribuída a responsabilidade da cadeira de Psiquiatria (despacho ministerial de 21 de Fevereiro, Diário do Governo, n.º 52, de 5 de março).

Em 1925, o periódico "O Primeiro de Janeiro" noticiava o seu pedido de jubilação por motivo de incapacidade física. Esta solicitação motivou manifestações de grande apreço pelo professor. O Ministro da Instrução informou-o de que não necessitava de aguardar o decreto de aposentação, enquanto o diretor da Faculdade de Medicina lhe pedia para não se retirar antes das comemorações do primeiro centenário da fundação da Real Escola de Cirurgia, que se realizariam em junho daquele ano.

Hospital de Magalhães Lemos / Hospital of Magalhães LemosEm 1926 foi nomeado diretor do Serviço Clínico de Clínica Psiquiátrica pelo decreto de 26 de Novembro (Diário do Governo, n.º 280, de 29 do mesmo mês).

Foi membro do Conselho Médico Legal, professor de Psiquiatria Forense no curso superior do Instituto de Medicina Legal e diretor, por muitos anos, do Hospital Conde de Ferreira.
Participou em múltiplos encontros científicos e foi Presidente de Honra da Secção de Neurologia e Psiquiatria do Congresso Internacional de Medicina de Paris. Escreveu diversas obras científicas, entre as quais "Hallucinations de l’ouie" (Paris, 1912) e "A Psiquiatria e a neurologia no Porto: história e estado actual do seu ensino" (Porto, 1925).

O reconhecimento nacional e internacional da sua vida e obra traduziu-se em distinções que recebeu. Foi sócio de mérito da Academia das Ciências de Lisboa, membro da Sociedade das Ciências Médicas e do Instituto de Coimbra, sócio-correspondente de diversas instituições científicas internacionais, cavaleiro da Legião de Honra e oficial da Instrução Pública de França.

Em 1927 legou a sua casa e terrenos adjacentes, sitos no Campo 24 de Agosto, à Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, para que servissem de base ao Dispensário de Magalhães Lemos.

Foi casado com Amélia Emília de Castro e não deixou descendência.

Faleceu no Porto a 22 de Julho de 1931. O funeral foi realizado na Igreja da Ordem da Trindade e os responsos presididos pelo Cónego Gaspar Joaquim de Freitas, secretário da Câmara Eclesiástica, secundado por Francisco de Melo, reitor da Irmandade de Santo António dos Congregados e por António da Costa e Silva, vigário da Capela das Almas. O longo cortejo fúnebre seguiu para o cemitério de Agramonte, no Porto. O gorro de Magalhães e Lemos foi transportado por Alberto Brochado e a chave da urna por Tiago de Almeida, que a passou a Eduardo Alberto Plácido, Reitor da Universidade do Porto. Bento Carqueja, Almeida Garrett e Baia Júnior, entre outros, fizeram o elogio do defunto. E por alma deste foram doados 1 000$00 ao Dispensário "Magalhães Lemos".
(Universidade Digital / Gestão de Informação, 2011)

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